sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O que as crianças precisam (?)


 
Durante estes (já 18) meses de maternidade, muitas questões sobre parentalidade e educação têm-se formado na minha cabeça.
A boa notícia é que a interrogação e a dúvida é um factor positivo em cada processo de aprendizagem e de evolução. E é mesmo disso que se trata: evoluir, ou seja, melhorar.
 
Pelo meio das minhas viagens a blogs de mães, encontrei aqui uma entrevista que me fez interessar pelo tema da Parentalidade Positiva.
Isto de ser mãe não é tão fácil quanto possa parecer (do lado de lá, o de filha, a coisa parecia de uma simplicidade extrema...) e é fácil ter um dia menos bom e reagir de uma forma errada a um qualquer pequeno disparate dos nossos filhos. (Note-se que com "de forma errada" quero dizer algo que parece errado a cada um, sem pressupôr normas absolutas.)
 
Li algumas coisas sobre o assunto (da Parentalidade Positiva) no site Aha! Parenting, que me pareceram ter muito em comum com aquilo que quero ser, embora mais uma vez me situe longe de fundamentalismos.
A ideia base desta teoria é a de construir ligações fortes com as crianças (que nos serão essenciais no período da adolescência) e que todo este mecanismo pode ser dificultado quando existem castigos e as chamadas "palmadinhas" (sem prejuízo de estabelecer limites).
 
A minha posição sobre isto tem sido a de tentar, dia a dia, ser mais "positiva", mas há horas (de sono, de choro, de asneiras...) em que pôr o pequeno no parque por alguns minutos acaba por acontecer. Porque os pais são humanos... (e há que fazer com que os filhos percebam isso).
 
Ainda assim, prometi a mim mesma ler e reler esta lista 10 Commitments That Will Make You a Better Parent, que se centra muito na ideia de que os pais serão melhores pais se estiverem mais calmos e felizes.
 
Pensando sobre a temática da Parentalidade Positiva, chego à conclusão de que passei por este mesmo modelo em criança, em que me eram explicadas as razões porque deveria, ou não, fazer determinada coisa e construí uma sólida relação com os meus pais que me guiou na fase complicada da adolescência (com direito a rebeldias e dramas normais, mas sem desvios de percurso).
 
Por tudo isto (e muito mais), quero ser o tipo de mãe para o L. que ele sabe que o ouvirá, acompanhará, ajudará e apoiará sempre, com conselhos e colo disponíveis, com quem ele pode falar e discutir sobre tudo sem medos ou hesitações. Quero estar lá, para ele.
 
E, nos entretantos, vamos construindo essa ligação todos os dias, como só nós sabemos (mas os senhores que fizeram a figura abaixo, até que têm uma ideia não muito afastada da coisa...)
 
 
 
 
 
Bom fim de semana!!! :)

Outfits para homem de 18 meses - #1


Há umas semanas, o Blog da Carlota lançou um passatempo Chicco, em que oferecia um casaco de uma selecção de cerca de 30, à escolha do participante, aos 3 vencedores que construíssem os melhores coordenados (que incluíssem obrigatoriamente outra peça Chicco).
Ora, euzinha resolvi participar com algumas hipóteses, não só pelos casacos (dois dos quais achei um mimo para o L.) mas, também, pelo gozo que me deu pensar nos outfits para o minorca :)

A opção dos sapatos serem sempre Chicco não foi para facilitar; tenho vindo a notar, agora que o L. já anda e corre, que, de facto, são a melhor escolha (dentro do que ele já experimentou) para um andar correcto e estável.

Tenho pena de não ter alargado a escolha de marcas, mas não é fácil encontrar marcas que tenham as peças disponíveis em imagem sem ser de catálogos com crianças já vestidas; mas, mesmo assim, acho que as sugestões não ficaram nada mal...

Aqui ficam:


#1: Casaco, casaco de malha e sapatos Chicco, jardineiras Mexx, Camisa Ralph Lauren, acessórios (gorro, cachecol, luvas e meias) Tommy Hilfigger.



#2: Casaco e sapatos Chicco; calças, camisola, gorro e cachecol Mexx; camisa Ralph Lauren, meias e luvas Tommy Hilfigger
 
 

#3: Casaco e sapatos Chicco; calças e gorro Mexx; camisa Ralph Lauren; pullover H&M; meias, cachecol e luvas Tommy Hilfigger.



 
#4: Casaco, casaco de malha, gorro e sapatos Chicco; calças Mexx; camisa Ralph Lauren; meias Tommy Hilfigger.

 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

This Mum's Blog

Tenho visitado alguns blogs de mães, ultimamente.
Desde que, finalmente, cedi à já velhinha ideia de "um dia vou criar um blog" (muito Nicola, passo a publicidade...) e que, pelas circunstâncias de vida, acabou por nascer em formato Mum's Blog, achei que devia ver o que anda por aí. Ao jeito científico... "queres fazer algo na área? Vai à procura de referências!"

Já vi um pouco de tudo, acho eu...
Blogs sobre roupa, sobre educação, sobre fotografia, sobre o dia-a-dia, com muitos e poucos passatempos... Enfim, há algo para todos os gostos.
Há uns que gosto muito e outros nem por isso. Mas tudo depende do estilo de cada um e, obviamente, dos pontos em que me revejo (ou não) e o que cada um me inspira. Porque, afinal, todos aprendemos diariamente e o que nos desafia é o que nos faz crescer.
E haverá algo melhor do que os nossos filhos para nos desafiar e inspirar?

Assim sendo, este blog tem pretensões. Tem o nariz no ar para me inspirar; para me fazer procurar, ler, pensar, estudar, conhecer, divertir, e, sempre, desafiar.
Espero, com isto, que um dia possa ser, também, um ponto de partida para alguém que esteja do outro lado, a ler-me. Não para tirar ideias feitas, mas para se motivar.

É assim que posiciono este blog perante os outros (...que chavão de marketing...): partilhar ideias, questionar-me sobre o que não é óbvio, aprender e divertir-me no processo.

E falar sobre tudo o que me ocorrer, ora pois.

And let the games begin!

sábado, 20 de outubro de 2012

Maternidade #1

Contexto: dia passado em shopaholic-mode, com o L a ter sestas interrompidas para comer e, por vontade própria, para correr e ver luzes, no (passo a publicidade) corteinglês. Com muita teimosia, tentativas de birra e muita correria.

Momento: Fim do dia, já depois do jantar, casa da avó, L na sala, dentro do pseudo-parque a tentar ver um DVD mas já em explosão de energia motivada pelo sono.

Diálogo:
- Avó do L (minha mãe), a propósito do sossego que havia antes do L passar os 6 meses e da reacção do gato: O gato tem saudades tuas, coitado.
- Eu: Pois... (pausa para reflexão) ... eu também tenho saudades minhas... (a rir)

A Barbie Girl in a... little boy's world (!)

Tenho uma caixa recheada de Barbies nos confins dum quartinho (antigo quarto da empregada) da casa da minha avó. Barbies vintage, claro, que os aninhos passam por mim e por elas, das quais me lembro, como se fosse ontem que brincava com elas no chão do meu quarto.
Para ser sincera, podem mesmo ser 2 ou 3 caixas; já não me lembro de as arrumar com a minha mãe (decisão difícil!) e havia um saco de viagem de tamanho razoável só para as roupinhas. Delas, dos Kens e das Skippies. Até tinha bebés, improvisados de outras marcas; lembro-me distintamente de uma menininha morena de franja e dois gémeos (menino e menina) louros e bem dispostos. Tinha uma roulote de viagem, comprada em Badajoz especialmente para o Natal da menina (eu!), que foi o meu encanto durante anos.

Pois é.

Passei a infância a brincar com bonecas, Hello Kitty (havia uma lojinha de Kitties em Badajoz que já nos conhecia!), Pin y Pons e, um pouco mais tarde, a Barbie-fever em todo o seu esplendor.

Nunca fui muito de folhos (tive alguma dose deles e de cores de rosa... bolas, agora tenho mesmo de confessar que tive um quarto em côr de rosa e verde...), mas fui o que se chama uma girly-girl.

Hoje, dou por mim a construir garagens de lego para os pópós e ninónis do meu L. E a gostar!


Pergunto-me, frequentemente, como vou ultrapassar o facto de não saber acertar numa bola sem que ela faça um ângulo de 90º com a trajectória pretendida...
Mas, quando lá chegar, haverei de pensar em algo com estilo. Afinal, para que serve uma mãe?

A pergunta que me ocorre agora é: e como se sente o pequeno homenzinho num mundo da girly-mom?

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

18 meses

Faz um ano e meio hoje que me perguntava: E agora?
O pai do L tinha ido, com a minha mãe, comer algo ao café do Hospital. Estávamos sozinhos.
E AGORA?

Tive 9 meses para me habituar à ideia de ser mãe (sim, porque, mesmo querendo muito, ver o teste positivo é um murro no estômago). E quase metade desse tempo para me mentalizar que o bebé que aí vinha era um pilas.
Sem mais nem menos, um pilas. Um ser estranho que nos obrigou a fazer uma lista de nomes gigantesca no mesmo café do Hospital, depois do médico que fez as ecografias ter dito, a sorrir: "Já viram o que é, não viram?". Não ia ser, certamente, a tal Matilde... Mas, curiosamente, fiquei assustadoramente feliz (ou felizmente assustada).

Nessa noite em que aninhava o L no meu colo, percebi que a minha vida tinha mudado mas não sabia quanto. Nem sei, ainda.
Esperam-me momentos novos todos os dias: alegres, tristes, teimosos, sôfregos, mimentos, zangados, vibrantes, amedrontados, apressados, corajosos, asneirentos, felizes. Tem sido assim.
Todos os dias ele me dá e me tira, na partilha que vamos construindo juntos.
Há momentos que me enternecem, como quando me faz uma festa quase a dormir no meu colo, como quando põe a mão no meu joelho, só porque sim, enquanto lhe dou a papa de manhã, como quando olha para mim a rir, cúmplice, quando o seu (sim, seu!) coelho azul dos desenhos animados tropeça na correria.
E, depois, do nada, faz coisas como encostar a cara ao gato amarelo (que fica em pânico mas deliciado) e abraça-o a dizer "Téeee", todo feliz. Miminho, digo-lhe eu.
São coisas destas que me fazem pensar que devo (devemos) estar a fazer algo bem. Parece que o miúdo vai ser um Homem bom, caramba.
E ainda bem que é um pilas. Onde é que eu estava com a cabeça?