Durante estes (já 18) meses de maternidade, muitas questões sobre parentalidade e educação têm-se formado na minha cabeça.
A boa notícia é que a interrogação e a dúvida é um factor positivo em cada processo de aprendizagem e de evolução. E é mesmo disso que se trata: evoluir, ou seja, melhorar.
Pelo meio das minhas viagens a blogs de mães, encontrei aqui uma entrevista que me fez interessar pelo tema da Parentalidade Positiva.
Isto de ser mãe não é tão fácil quanto possa parecer (do lado de lá, o de filha, a coisa parecia de uma simplicidade extrema...) e é fácil ter um dia menos bom e reagir de uma forma errada a um qualquer pequeno disparate dos nossos filhos. (Note-se que com "de forma errada" quero dizer algo que parece errado a cada um, sem pressupôr normas absolutas.)
Li algumas coisas sobre o assunto (da Parentalidade Positiva) no site Aha! Parenting, que me pareceram ter muito em comum com aquilo que quero ser, embora mais uma vez me situe longe de fundamentalismos.
A ideia base desta teoria é a de construir ligações fortes com as crianças (que nos serão essenciais no período da adolescência) e que todo este mecanismo pode ser dificultado quando existem castigos e as chamadas "palmadinhas" (sem prejuízo de estabelecer limites).
A minha posição sobre isto tem sido a de tentar, dia a dia, ser mais "positiva", mas há horas (de sono, de choro, de asneiras...) em que pôr o pequeno no parque por alguns minutos acaba por acontecer. Porque os pais são humanos... (e há que fazer com que os filhos percebam isso).
Ainda assim, prometi a mim mesma ler e reler esta lista 10 Commitments That Will Make You a Better Parent, que se centra muito na ideia de que os pais serão melhores pais se estiverem mais calmos e felizes.
Pensando sobre a temática da Parentalidade Positiva, chego à conclusão de que passei por este mesmo modelo em criança, em que me eram explicadas as razões porque deveria, ou não, fazer determinada coisa e construí uma sólida relação com os meus pais que me guiou na fase complicada da adolescência (com direito a rebeldias e dramas normais, mas sem desvios de percurso).
Por tudo isto (e muito mais), quero ser o tipo de mãe para o L. que ele sabe que o ouvirá, acompanhará, ajudará e apoiará sempre, com conselhos e colo disponíveis, com quem ele pode falar e discutir sobre tudo sem medos ou hesitações. Quero estar lá, para ele.
E, nos entretantos, vamos construindo essa ligação todos os dias, como só nós sabemos (mas os senhores que fizeram a figura abaixo, até que têm uma ideia não muito afastada da coisa...)
Bom fim de semana!!! :)